domingo, 14 de outubro de 2012

Pra não remeter aos nomes


Pra não remeter aos nomes

Está dentro de nós
A vida vivida
Vivida pra ser vida
Servida como comida
Com ida e vindas
A vida se vê consumida
Não se nega o que está dentro de nós 
É intenso e voraz
Temeroso e sagaz
Como flor se desponta
No primeiro momento
Se desaponta, pois se diz pronta
Quando a pétala prima ainda se faz
Vida pra ser comida
Ser plantada à surdina
E colhida aos alardes
Se olhos se margeiam comovidos de beleza
É por que é assim que ela é
Díspares, intensa e bela como não dá pra se explicar 

Marcelo Silva

2 comentários:

  1. Rapaz, além de tudo você também é poeta? Esse seu lado eu não conhecia. Admiro quem tem sensibilidade para tal. Muito bom!

    ResponderExcluir
  2. Assim como em seu desenho a poesia fala de uma vida comum, com todas as sua confusões. A vida para mim, em sua poesia, é como algo intenso, uma mistura de sentimentos, que estamos a todo tempo tentando entender.
    Sinto a velocidade nas suas palavras, como também sinto uma intensidade...
    A vida que pulsa dentro de cada um de nós.

    ResponderExcluir